Resenhas: Os inúmeros erros de Eternos

Guilherme Ambrosio
3 min readJun 30, 2023

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Vamos continuar as resenhas com uma amostra da não qualidade entre os filmes de heróis com Eternos, não esperava muito, e tive minha expectativa atendida nesse quesito.

Então uma cena inicial parece mostrar os eternos que vieram de um planeta chamado Olympia.

Deviant que são os vilões perseguidores desse filme aparece e começa uma luta aleatória para resolver cada razão histórica e mostra os mesmo relances de filmes anteriores. Esses argumentos expositivos explicando são meia boca do que poderia ser mostrado, a introdução de muitos personagens sem contexto é um erro crasso.

Esse fato de ter vários personagens traz um senso de falta de foco, como que eles lutam juntos, por que estão tão ligados? Sem esse background tudo é sem sentido do que pode ser feito do filme.

É um problema de roteiro que poderia ser resolvido trabalhando com 2 ou 3 dos eternos, mas fica uma bagunça na segunda parte do filme com diversos personagens na mesma cena sem qualquer contexto, foco ou objetivo além de “proteger o planeta”.

O progresso temporal é um problema enorme, não é um casamento entre o casal principal e com 10 desconhecidos que fazem parte de um grupo que irão criar uma ligação tanto com os atores, tanto com o público, a emoção zero é perceptível.

Uma doença como Mard wy’ry que veio de uma fala de exposição, mostra que o roteiro não foi trabalhado para lidar com questões de mudanças de personagens e razões internas sem um motivo aparente.

Claro que a explicação não para na segunda parte, é preciso entender que mesmo que haja novos eternos, a vida deles não tem emoção, mas o roteiro poderia ter trabalhado cada fundamento de cada personagem para que as pessoas pudessem diluir com outras explicações futuros, ao invés de jogar a cada 10 minutos mais falas explicativas.

Cada momento de ação é o esperado de filmes de heróis, no conjunto de todos fazem os efeitos serem difíceis de serem bem feitos, mas nada que tire a imersão dos poderes.

Sersi(Gemma Chan) foi a única personagem que fez algo que manteve o contato com uma boa atuação e coerência entre os personagens, o que mostra a falta de outros que seguiram a mesma linha durante 7000 mil anos, mas em 500 anos tudo muda tudo ao avesso, sem uma mudança na atuação, mas apenas “nas escolhas” de roteiro.

A direção deve ter tido tantos problemas como meu pensamento supracitado, as perspectivas de muitos personagens é impossível de dirigir com uma coesão para um filme bem feito. É possível ver um tentativa de aliviar esse problema com piadas, e uma fotografia histórica de flashback que tentam fazer conserto sem mais uma fala de explicação, que em teoria faz não ser um filme horrível, mas não tira os erros, apenas alivia os erros dos fundamentos.

Portanto depois de poucos acertos feitos na importância de lidar e fazer os personagens terem alguma emoção sobre a vida, é possível ver os erros grotescos de roteiro, falta de foco e por mais que sejam explicados durante diversas falas, não é o retrato que um filme deve passar.

O filme em geral é uma bagunça de personagens, uma sopa sem gosto no quesito heróis, e sem qualquer afinidade emocional tanto para os atores, quanto para o público, apesar disso é possível ver um sequência para eles, se houver tempo para fazer um roteiro decente.

O tanto que eu perguntei das coisas não está no gibi…

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