Resenha: Viúva Negra por uma pessoa que não gosta de ver filme do MCU

Guilherme Ambrosio
3 min readJun 28, 2023

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Viúva Negra(2021)

Primeiro filme da Marvel que estou vendo para fazer uma resenha, a explicação para isso está sendo feito é que preciso ter uma ideia de como o cinema atual está se comportando nessa época de heróis, e escrever sobre esses filmes é uma lembrança de uma época em que pessoas lotavam salas de cinema para ver o vilão ser derrotado no final. Essa fórmula é apenas sinais de mudanças de era, e que eu possa escrever de acordo.

Um começo de família em fuga sem muito contexto, apenas a possível morte da mãe e mudança de realidade para as filhas.

A protagonista Natasha aparece sendo perseguida também pelo grupo que mudou a realidade para ela se tornar uma assassina e se passa depois do filme da Era de Ultron sendo que ela ta sendo perseguida por outro grupo aleatório que não lembro exatamente a organização, mas que no futuro irei ver para não falar nada equivocado.

Grupo de assassinos, país ausentes e perseguição infinita, será que está parecendo algum clichê?

Enfim tem o grupo Red Room que a irmã(Serena) dela fazia parte, e Natasha encontra ela depois de uma foto e antídotos que faziam as pessoas pararem de serem controlados pelo Red Room, e as rotas de ações na cidade são bem feitas como um filme qualificado para ser de ação.

A falta de contexto inicial deixa o filme bem em suspense, a dinâmica das personagens é complicada, a história delas duas não existe exatamente, essa distância acaba trazendo uma pouca afinidade entre as personagens, mas serve como fundo para ser refeita a ligação de família que apesar de tudo é possível voltar a ter algum tipo felicidade em ter alguém importante.

Os roteiros que trazem uma inflação de falas explicativas, mostra que era preciso de muito mais tempo para explicar o passado de cada integrante da família, tudo parece meio fora da rota, muitas vezes as falas e cenas boas são seguidas por alguma explicação que poderia ser melhor trabalhado.

Tem um perseguidor meio chato, nada demais, copia e cola de vários inimigos que já foram feitos como quase imortais mas sem personalidade e falas. Um boneco para matar os principais é típico também.

O filme trata de família de uma maneira atípica, um conceito que pode ser bem trabalhado com uma história de mais tempo(vários filmes ou série), mas que no filme vira apenas acusações e tristeza do passado, algo bonito de ver, mas aprofundamento curto e quase fútil.

A direção de fotografia em geral é bem feito, que tenham mais filmes nesse formato, é uma coisa que merece ter atenção especial, as emoções das caminhadas traz um momento de nostalgia de como pode haver uma vida alegre e sem tantas complicações de assassinos e os vingadores que a Víuva Negra faz parte.

Romanoff que teve um bom momento para ser a personagem principal e a atuação da Scarlett Johansson foi muito bem feita, de forma que destoava de outros atores em qualquer parte do filme, a irmã que é interpretada por Florence Pugh é cativante em certos momentos, mas faltou um roteiro mais bem definido sobre o que ela era, e o que pode ser trabalhado ficou muito em aberto. O filme peca em detalhes de tempo e falta de inovações em filme de ação e espionagem, mas traz personagens bem carismáticos que fazem com que tenha uma dinâmica aceitável, a questão familiar sempre é algo impactante, e a fotografia do filme mostra um realismo que é muito bom e superou nesse quesito o que eu esperava em geral apesar de todas as falhas e clichês, é um filme para ser lembrado.

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