Resenha: Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Guilherme Ambrosio
3 min readJun 29, 2023

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Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (2021)

Continuando as resenhas de filmes da Marvel, vou escrever sobre um dos únicos filmes que assisti da Marvel, e apesar de não gostar de muita coisa, eu curti e gostei desse.

As cenas do pai no começo, Tony Leung finalmente aparece no cinema ocidental como Wenwu caracterizando muito bem em uma cena que lembra os clássicos filmes de kung-fu e ações de lutas com pessoas voando e assim ele conhece a mãe(Fala Chen) do protagonista, e nesse começo mostra um toque especial de um filme de herói se inspirando no cinema asiático, o que pode trazer muitas possibilidades, mas não acho que terá outro filme como uma cena do início desse filme.

Enfim depois é feito um salto temporal onde mostra o Shang-Chi e Katy, também conhecida como Ruiwen em sua realidade sem poderes, o Shang não mostra nenhum carisma na sua atuação em contraste com o talento de comédia da Katy, interpretada por Awkwafina.

Durante o filme é possível ver a fórmula sendo seguida depois que surge essa realidade, logo depois de mais cenas que tentam ser alívios cômicos, a negação e lembranças de algumas cenas esperadas, não muito o que falar ou elogiar nessa parte.

Treinamento do filho para poder ter uma cena no ônibus é um característica básica, a edição da luta contra outro perseguidor foi bem feita, é possível entender que não tem como ele sair da vida que ele estava destinado.

E depois de cenas de referências ao universo da Marvel é possível entender a profundidade familiar de Shang-Chi, e a atuação do Tony Leung como uma pessoa destemida e com muita confiança nessa realidade é mostrada com clareza, quando é mudado o tom de emoção é possível ver a qualidade de como transparecer, coisa que não foi possível com o ator Simu Liu. Essa figura de vilão com boa intenção apesar de fazer a qualquer custo é produzido de uma maneira única, que espero que façam mais filmes nesse formato, e não ser mal por ser mal.

Por fim é feita a questão fantasiosa, bem trabalhada, ações comuns e uma luta complicada entre herói e vilão que poderia ter algo a mais, mas que apesar de falhas de produção e atuação não comprometeu em nada a boa experiência que trouxe durante as cenas de realismo e questão familiar. Todas essas partes foram bem trabalhadas, apesar de ter um roteiro simples em algumas partes, as emoções se destacam e se tornam marcantes.

O filme traz traços únicos que poderiam ser mais trabalhados, o roteiro peca em seguir uma linha já batida no mundo dos filmes com o protagonista clichê, mostra um vilão muito bem trabalhado e que deu gostinho de poder ter mais, e uma direção comovente na situação familiar de Shang-Chi, tudo isso leva a um bom filme de forma geral.

Nada como fazer comida e chorar com um bom filme

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