Dor e Mudanças — Ana

Guilherme Ambrosio
16 min readFeb 13, 2024

--

O mundo ao redor de todas as colheitas no verão não foi o suficiente dessa vez, os dias estavam mais difíceis Ana e sua Mãe Luna estavam à deriva do destino, o cansaço e fome estampados em suas faces não deixavam seu medo de perder alguém tomar de conta. Desde que Levi foi para a batalha da fronteira e não deu mais notícias além de suas cartas mensais, já havia passado mais de 3 meses que ele não mandava nada, Luna estava triste e ansiosa para ver ele voltar da batalha, só queria que voltasse o quanto antes, a vida antes era muita melhor, e tudo estava acabando, a pobreza já era ruim, mas a seca transformava tudo em um inferno. Ana não conseguia viver nisso, ela sabia que a fome chegaria na casa deles, e o frio que viria na próxima estação poderia ser fatal, ela resolveu fazer algo, a última carta Levi escreveu terminava com:

“Eu sei que você me quer em casa, mas aqui está difícil de defender, os mahusun estão vindo cada vez em mais quantidade, essa guerra está um tormento para todos, mas eu sei que vocês estão seguras e pretendo continuar protegendo, não se esqueça Ana, eu sempre estarei com você e sua mãe… Com Amor Levi”.

Ela pegou a armadura do pai e começou a mexer durante vários dias, ela tentou aprender sobre como fazer mudanças com o ferreiro da vila e sua mãe não gostou que ela estava fazendo algo parecido como o pai dela.

Luna apareceu na frente de Ana enquanto ela arrumava a ombreira para caber nela.

— Filha você vai continuar fazendo essas coisas no seu tempo livre? — Disse Luna.

— Sim, pretendo ir para fronteira no futuro, e ter algo que me faça ser protegida pode me ajudar né? — Disse Ana sorrindo.

Luna aumentou o tom de voz com raiva.

— Não faça isso, não siga os passos do seu pai.

— Eu vou continuar, você sabe bem que eu não quero ficar cuidando de animais, o pai pode estar morto na fronteira e não quero pensar em não ajudar ele. — Retrucou Ana.

Luna respirou fundo e assentiu para que Ana pudesse continuar.

Ana tinha um cachorro que acompanha ela, Momo tinha um porte médio e pelos cinzas e era muito carinhoso, eles iam para floresta juntos que ficava perto da patrulha da vila, e eram proibidos de irem longe da guarda.

Nesse período ela estudava cura e tratamento de pessoas e animais, o estudo para se tornar curandeira não era o que ela idealizou para sua vida, mas sabia que poderia ser útil para entrar no exército sem tanta burocracia e passou dias treinando suas habilidades por mais de 3 anos.

A cada mês que passava sem a carta de Levi, ela ficava mais ansiosa para ir para fronteira, ela tinha idade para ir embora, seus 20 anos não a deixavam com experiência de nada, mas não faltava energia e seu olhar de ansiedade se tornava mais motivação para agir de forma impulsiva.

Um certo dia quase depois de 4 meses sem receber notícias, veio uma carta do exército e não era do Levi, dizia que ele havia sido capturado pelos invasores e está como refém junto com um esquadrão que foram surpreendidos por um ataque que cercou todos eles. O olhar de Luna foi para o chão junto seus olhos melancólicos se tornando lágrimas e Ana já correu na direção da mãe e a abraçou.

— Eu não sei o que fazer filha. — Disse Luna.

Ana olhou para mãe tentando apoia-la, mas no fundo queria buscar o pai o quanto antes e internamente estava furiosa, naquele momento decidiu que iria buscar pelo pai depois da fronteira.

— Mãe eu não quero te ver assim, eu vou ir em busca dele, eu tenho a habilidade e já posso me cuidar muito bem contra os inimigos.

— Não filha, não fala isso.

Ana soltou a mãe e ficou em pé na frente dela.

— Eu, Ana Hunn prometo trazer meu pai de volta para casa e irei fazer com ou sem a ajuda do exército, não há nada no mundo que eu queira mais do que ver minha família unida outra vez.

Luna deu um sorriso leve, respirou e falou.

— Como você vai fazer para sobreviver até chegar na fronteira?

— Eu vou ser uma mercenária até chegar na capital e depois vejo o que fazer a partir de lá para chegar na fronteira, a guilda dos curandeiros é minha opção de trabalho na capital também.

— Tudo bem filha, eu sei que você vai sem minha permissão, eu apreciava muito seu pai por essa busca de fazer justiça, vem cá.

— Eu vou ficar bem, obrigada mãe.

Ela deu um abraço bem apertado em Ana.

Ana saiu da sala e foi direto arrumar sua mochila e equipamentos.

Ela entrou no lugar de treinamento que ela tinha e colocou a armadura, pegou a faca do pai que era especial, e também nesse meio tempo ela tinha feito uma mini armadura de malha para Momo, mas ele não tinha treinado, então guardou na mochila para treinar durante a viagem.

Ana depois foi para vila e entrou no estabelecimento onde era ponto de passagem para as pessoas da guilda dos curandeiros, e perguntou para a pessoa que estava encarregada de enviar missões.

— Gostaria de receber uma missão para encontrar a líder da região que fica na cidade de Aust, preciso de alguém para me acompanhar.

A pessoa olhou e reconheceu Ana.

— Você pretende seguir na carreira, acabou de terminar seu curso?

— Pretendo seguir, ainda falta dois anos, mas pretendo continuar na cidade, aqui não tem muito o que fazer.

A vila de Ana era o lugar mais distante da capital de todo o reino, a escola de curandeiros apareceu na vila para atender todos da região Loin, já que Aust ficava próxima da Região Central e por isso era preciso ter um lugar para atender os lugares mais distantes do reino.

— Sim, sua professora sempre disse que você estava aprendendo a lutar, Aust vai ser mais fácil para você conseguir trabalhar suas habilidades e se preparar para futuras batalhar, aqui está o Ticket para entrar na Base Central dos Curandeiros em Aust, boa sorte Ana.

— Agradeço, não tem ninguém que poderá ir comigo?

— Não tem ninguém, você vai ter que falar com os mercadores e oferecer auxílio como segurança ou algo do tipo, só daqui duas semanas vai chegar novas pessoas para irem para locais mais remotos como ajudantes da Guilda.

— Entendo, até mais.

Ela foi na área de vendas e falou com um grupo de suprimentos de armas que já estava indo de partida.

Ela falou com líder da caravana.

— Bom dia, gostaria de ir com a caravana, sou uma curandeira e posso auxiliar caso haja contratempos, vocês irão chegar próximo de Aust?

O líder olhou para ela com armadura, e deu um sorriso de leve.

— Por que você quer ir para Aust? não iremos para cidade, mas iremos para no ponto de extração de equipamentos e eles irão para cidade.

— Irei encontrar a líder dos curandeiros e receber novas missões e trabalhos da guilda. — Em seguida ela mostrou o ticket dela.

— Compreendo, temos um acordo com sua guilda, podemos levar junto com a caravana, mas depois você terá que falar com o exército no ponto de extração.

— Que bom, irei colocar minhas coisas na carruagem então, ah conheçam o Momo ele é treinado para caçar também.

Ela chamou o Momo e ele apareceu com a armadura dele.

— Esse garoto está preparado.

Todos riram da situação.

Dia seguinte — Na estrada que passa pela floresta de Loin, eles são atacados.

Momo avança para o primeiro que chegou na vista deles, Ana corre logo em seguida e puxa sua faca, Momo derruba o primeiro ladrão e continua mordendo até que sua dona finaliza com uma facada no pescoço, logo depois surgem mais 3 ladrões com raiva nos olhos correndo depois de ver um dos seus ser morto a sangue frio.

Ana guarda a faca, pega uma corda que ela tem do lado de sua mochila e fala.

— Direto Momo. — Ordenou Ana.

Ana tira um bolsa de veneno que poderia implodir a qualquer momento, então amarra junto com corda e corre na direção do ladrão mais próximo assim que chega próxima o suficiente ela faz um arremesso certeiro no peito dele, o veneno se dispersa e chega até a respiração dele e ele começa a ficar tonto.

Momo derruba mais um, Ana solta a corda e corre na direção do próximo que acabou de ser derrubado, ela tem um olhar atento e focado sem medo nenhum. Pega a faca e mata mais um ladrão.

O último ladrão ver tudo e muda sua expressão e começa a correr na outra direção com o rosto assustado querendo tirar seu corpo daquele lugar e aparecer em qualquer dimensão. Ana percebe e caminha até a corda para jogar o mais distante possível de todos, depois ela vai até está o ladrão inconsciente do veneno e pergunta para o líder da caravana.

— Esse daqui merece viver? — Pergunta Ana.

— Essa é somente sua decisão. — Ele Responde.

Ana acerta a faca no peito dele e fala.

— Descanse em paz. — Afirma Ana.

Alguns dias se passaram a viagem até o ponto de extração depois da emboscada foi tranquila e chegaram no posto comercial onde esperariam chegar a equipe do exército que iria buscar os armamentos.

O líder da caravana chegou para Ana com um pacote de arma.

— Gostaria de agradecer por ajudar a proteger a todos da caravana, isso é uma besta que solta uma seta com o metal fortíssimo feito de Tswi com aço das minas de Senpafet.

Ana ficou feliz e agradeceu.

— Muito obrigada, isso parece muito difícil de usar, onde vou conseguir munição para isso além de Senpafet?

— Você vai ter munição por um bom tempo, essa arma tem um poder que pode ser comparado a uma granada de Tswi.

Ana pegou a besta que estava no caixote na qual o velho mostrou onde estava a arma, mirou um pouco.

— Só preciso treinar agora. — Disse Ana.

— Acho que se você falar com as pessoas que estão vindo pegar o equipamento é possível treinar com eles, aparentemente eles vão invadir masmorra de uma montanha que fica próximo deste posto comercial antes de irem para cidade.

Ana olhou em direção à montanha e pensou o que poderia haver lá para ser invadida.

— O que tem lá?

O velho olhou também para a montanha.

— Apenas perigo, mas acho que nisso você vai se acostumar daqui a pouco.

Ana pensou em dizer que estava animada, mas resolveu ficar em silêncio, e não voltou a falar no assunto.

Depois de algumas horas a caravana do exército chegou, eles estavam com poucas pessoas, mas todos pareciam especializados.

Primeiro um soldado com armadura de malha e aço de Senpafet e um martelo que poderia destruir uma parede com um golpe.

O outro soldado tinha armadura de um aço desconhecido e um machado que brilhava também

tinha dois arqueiros com arcos curvados feitos de Tswi.

Outra pessoa que carregava uma mochila cheia de explosivos e uma maleta que possivelmente tinha mais equipamentos de destruição.

E todos usavam armaduras diferentes do exército com materiais únicos e pinturas estilizadas no torso e capacete. O capitão usava apenas uma espada que tinha uma cor brilhante e ele tinha um capacete vermelho, Ana observou e já percebeu que eles não eram soldados para uma briga simples.

O velhote líder da caravana foi quem apresentou o capitão para Ana enquanto ela observava de longe os dois conversando sobre os equipamentos.

— Ana vem aqui — Disse o velhote.

— Certo — Ana chegou próximo dos dois.

— Conheça o Capitão Ferdinand, líder dos Iluminados que fazem parte da guarda especial do reino.

— Muito Prazer Capitão, sou Ana Hunn, sou uma curandeira especialista e também aprendo rápido a lidar com qualquer situação. — Disse Ana.

O capitão observou e sorriu.

— Tudo bem, o Senhor Nex disse que você quer ir para capital e que ajudaria o exército com a missão da masmorra, é muito perigoso, você garante lutar contra ogros e outros seres monstruosos como titãs?

Ana ficou surpresa.

— Mas titãs só protegem relíquias da era antiga, eles estão lá? eu me garanto em sobreviver a qualquer situação e minhas bombas já me livraram de situações ruins.

— Eles estão lá, o lugar é muito bem protegido, é uma missão confidencial, mas estou disposto a ter uma curandeira, pedimos apoio da sua guilda mas eles estavam ocupados e praticamente todos estão na linha de frente.

Ana olhou para Nex e sorriu.

— Então senhor fale para ele como lidei com os bandidos naquela emboscada da estrada. — Disse Ana.

— Ela teve que enfrentar vários inimigos ao mesmo tempo, e o pet dela é um exemplo de como lutar, os dois tem uma sinergia enorme, e uso de faca da Ana não deixa faltando nada. — Confirmou Nex.

— Compreendo, então você está na missão, irei passar mais informações quando estivermos próximo da masmorra, arrume suas coisas, iremos logo em seguida.

— E para que serve esses equipamentos todos?

— É um equipamento reserva iremos levar junto porque essa missão não vai acabar em um dia, e nossas armas estão no limite porque lutamos várias batalhas nos últimos meses.

— Entendi.

O capitão acenou com a cabeça e se retirou para ajudar a arrumar os equipamentos para ida do grupo.

Nex então falou preocupado.

— Falando no grupo, o Momo vai ter de ficar com a gente Ana, é muito perigoso para ele, nós iremos ficar aqui no entreposto até vocês chegarem para que os equipamentos possam ter consertos.

Ana olhou para Momo e entendeu que poderia ser muito ruim se ele for.

— Momo vem cá, Janoo!

Momo foi na direção dela, ela abraçou o animal de forma carinhosa.

— Eu já volto, vou ficar alguns dias distante, mas retorno logo.

Com a despedida ela ficou um pouco apática com a situação.

— Até mais velhote — Disse Ana.

— Não fale isso, estou só um pouco velho, boa sorte na masmorra.

Ana acenou e foi na direção do capitão, estavam todos prontos para irem.

A pequena caravana do exército sabia que a missão seguinte seria uma espécie de suicídio e todos estavam ansiosos, e logo depois de chegarem próximos a entrada da masmorra o capitão falou.

— Então Ana eu sei que você não está acostumada com esse tipo de situação, mas a guerra está acabando com todos nossos recursos, não queremos que a população sofra mais. Nossa missão é pegar o livro de poder que está selado nessa região, não garanto nossa sobrevivência, mas precisamos da magia dos amuletos antigos para ganhar a guerra, não temos opção, essa missão é ultra secreta e foi aprovada pelo comitê de guerra.

Ela fechou os olhos e respirou fundo por um segundo e tentou processar a informação.

— O que esse livro faz? — Ela Perguntou.

— Ele pode fazer com que pessoas possam usar a magia de algum elemento da natureza, existem também os amuletos que foram selados para que ninguém tivesse força destruir o mundo com este tipo de poder, esse livro é o único que tem magia.

Ana observou a masmorra, entendeu que a missão não era nada do que poderia imaginar, tinha uma energia ruim, e todos ao redor estavam apreensivos.

— Por que iremos quebrar o selo? não é melhor buscar outra opção?

— Não temos escolha, aceitamos essa missão sabendo que provavelmente será nossa morte.

Ferdinand observou que todos estavam com muita pressa.

— Estamos correndo contra o tempo, por isso você nem foi introduzida as pessoas da caravana. O especialista em explosivos é o Kev, o arqueiro com armadura azul é o Rito e o arqueiro com armadura amarelo é o Felix eles estão entre os melhores arqueiros do exército e eles podem ajudar o Kev com explosivos, o cavaleiro com malha de twsi é o Joshua que é um nobre que dedica a vida na defesa da família real, mas que foi designado para garantir essa missão, por último aquele com machado de Faro é o Gabe e só pela arma é possível saber que ele não vai ser qualquer um. Você não precisa conhecer eles, todos tem uma forma de ataque e defesa e eu vou decidir como vai acontecer cada decisão no campo de batalha.

— Qual minha função? — Perguntou Ana.

— Você pode usar essa besta quando for ordenada, e a qualquer momento podemos ter alguma pessoa machucada nessa missão. — Respondeu Ferdinand.

— Entendi. — Disse Ana.

A entrada da masmorra estava protegida por vários ogros que eram feitos de pedras, assim que perceberam a caravana todos fizeram uma espécie de pelotão em frente da entrada.

O capitão observou e gritou:

— Atenção artilharia, usem explosivos.

Ana observou os especialistas em explosivos e disse quase sussurrando.

— Vamos lá, agora é de verdade.

Explosões e caos acertam todos, mas todos buscam manter controle emocional intactos contra inimigos que nunca haviam enfrentado, o capitão olhou e fez um sinal com a cabeça para os arqueiros, eles também acertaram os ogros com flechas explosivas.

— Ana use a besta também. — Disse Ferdinand.

Ela atirou e a bala de tswi atravessou um ogro e acertou o que estava atrás e derrubou o segundo ogro logo em seguida assim que o ogro caiu a bala soltou estilhaços de tswi e acertou a perna de alguns outros ogros e eles também caíram.

— Linha de frente avançar.

Os cavaleiros que estavam esperando ordens junto com Ferdinand avançaram na direção dos ogros restantes. Eles derrotaram com facilidade os ogros restantes.

Entraram na masmorra. A masmorra tinha uma estrutura diferente da entrada estava menos despedaçada aqueles ogros não deixavam ninguém passar pela entra, a construção parecia um corredor gigante com a estrutura de ferro na parede, mas combinada com a montanha, a parede tinha um metal azul de detalhes.

— A partir daqui não podemos usar explosões — Disse o capitão.

Ferdinand avisa a todos que não podem usar mais explosivos para não danificar a estrutura. ele se junta com os cavaleiros. — Não podemos deixar que o inimigo que vier passe da linha de frente, se isso acontecer podemos ter fatalidades com o grupo de ataque à distância, podem usar as correntes de pulso se algum inimigo passar, entendido !? os dois cavaleiros responderam. — Sim senhor!

Ana observou o local e ficou surpresa, sabia que a qualquer momento iriam aparecer novos inimigos, caminharam pelo corredor até um salão que era muito bonito com ordenamentos dourados e usava o metal azul como se fosse um cofre gigante, tinha dois titãs de pedra adormecidos na outra saída do salão e apareceram vários ogros de ferro dessa vez pela outra entrada.

— Formação 2! — Ordenou Ferdinand.

Ana ficou assustada, mas parecia quase a mesma coisa, só que os arqueiros começaram a se preparar com 3 flechas ao mesmo tempo e o Kev pegou uma arma que poderia dar diversos tiros. Ela permaneceu com sua besta mirando para atacar. Os ogros chegaram até a metade do salão.

— Tentem não acordar os titãs até acabarem com esses ogros; — Disse Ferdinand.

Os ogros se aproximaram da linha de frente, mas não perto o suficiente para atacarem.

— Linha de frente façam o recuo! — Disse o capitão. e logo em seguida — Artilharia atacar!

Os cavaleiros recuaram um pouco e os as flechas e disparos acertaram 1/3 dos ogros de ferro.

— Linha de frente atacar! — Logo depois que o capitão disse isso, os cavaleiros atacaram de frente e tentavam manter a posição para que os ataques à distância pudessem acontecer pelo flanco.

— Ataque em flanco! — Ordenou Ferdinand.

Ana observou e resolveu seguir o Kev, assim que eles dispararam ela seguiu e acertou os que estavam mais atrasados e nesse momento com os estilhaços ela acordou os titãs.

Depois de derrotar os titãs de pedra e apenas com Kev machucado o braço, eles seguem por um corredor. Chegam num salão com parede correndo lava e mais um titã de lava esperando qualquer intruso para começar a atacar.

— Como você sabia que era de lava? — Perguntou Ana para o capitão.

— Estudamos o que tinha sobre essa masmorra.

Enfim a luta final é possível saber que o livro estava dentro de uma caixa de twsi logo atrás do titã de lava, Ana observou.

— Ataque na formação 3, Ana você é a escolhida, sem o Kev não temos opção. — Ferdinand ordenou.

— O que eu tenho de fazer? — Disse Ana.

— Passe sua besta para o Kev e você vai buscar o artefato que viemos buscar quando eu falar a ordem. — respondeu o capitão.

— Certo.

Ana recuou um pouco, Kev apontou para onde ela devia ir depois dos primeiros ataques.

— Vá para lá, depois só correr em direção ao objetivo, boa sorte. — Disse Kev.

— Agradeço, vamos lá. — Retrucou Ana.

Ana viu todos se prepararem e o Ferdinand avançou sozinho e jogou uma bomba de fumaça que acordou o inimigo e o capitão acertou a perna do titã e logo em seguida disse.

— Ataque completo! — Ordenou.

Todos avançavam menos Ana, viu Gabe ser acertado no primeiro ataque, mas ele levantou logo em seguida só com um braço machucado e logo em seguida Joshua foi perseguido, o titã levantou o pulso e esmagou o guerreiro, o titã gritou em seguida.

— Kaaaaa!

— Agora Ana! — Gritou o capitão.

Ela foi correndo para a caixa de tswi e tentou abrir, mas não conseguia, estava com o selo, o desespero e pressa tomaram seu corpo, olhou para trás e viu Ferdinand ser acertado com os dois pulsos do titã e esmagando ele, Ana começou a lacrimejar e quando uma gota de lágrima caiu na caixa um livro surgiu em um pedestal atrás da caixa. Não havia mais selamento.

Ela se levantou e pegou e tudo ao seu redor começou a mudar, teve visões de diversas pessoas da antiga era, viu seres estranhos, e algumas pessoas usando magia.

— Acorda Ana! — Disse Kev enquanto sacudia ela.

Ela abriu os olhos, virou a cabeça e viu o titã perseguindo os arqueiros.

Ela se levantou com uma aura roxa e seus olhos ficaram vermelhos, seu corpo ficou diferente, mas ela não sabia explicar. E começou a jogar magia no titã e assim ela conseguiu salvar o Felix na última hora.

Nesse momento o que era realidade e sentimentos se misturam e criam algo além do normal, a cada movimento próprio vira uma situação do universo passando pela mente de Ana enquanto externamente a batalha entra em um pause, como se tudo voltasse ao seu lugar…

Extra: Duas opções

1ºOpção.

O titã assim que recebe o ataque de Ana, para e observa ela.

— Você está com a Lises agora — Disse o titã.

O que estava falando era incompreensível para outros, menos para Ana.

— Você fala?

— Você não é desse mundo, você veio de outro lugar onde esse livro foi criado, ninguém consegue usar ele além das pessoas com seu sangue.

Todos olham surpresos com a situação. Ana percebe e acalma todos.

— Ele está falando comigo, todos parem de lutar! — Ela avisa.

2ºOpção.

O titã recebe o ataque e olha para Ana, ele junta as mãos e uma aura branca é criada ao seu redor, logo em seguida ele corre na direção de Ana e acerta ela.

O impacto a faz ser jogada até a parede, mas no momento que ela vai bater a aura branca se junta com ela, outras visões acontecem, dessa vez ela consegue entrar em uma dessas visões, ela entra em uma que parecem haver pessoas usando magia.

Ela percebe que está em um lugar familiar, mas nunca havia visto nada parecido, talvez um passado de seu sangue?

--

--